sábado, 21 de novembro de 2009

Cidade de Curitiba, Cidade Sorriso!

Me visto, limpo os dentes, chamam isso de higiene bucal
um pouco de flúor, para dentes limpos, brancos, estereótipo de sorriso bonito, talvez isso se chame
Sorriso Colgate

Já são 07:30 da manhã
Olhar fixado no céu, perante a janela, afim de verificar a temperatura ambiente
Faz frio

Ando 4 quadras, até o encontro ao ônibus
Embarco, lotado, exalante, fedido, cheiro de humanos, é um cheiro parecido com o de ratos, ratos sujos num ninho apertado
Como o cheiro do 3º mundo
Sono, ódio, raiva, se confundem em meus pensamentos e de muitos outros ali naquele ninho

O limite é uma frágil linha, que se quebra facilmente
Ano passado eu cheguei, passei, fui além do que chamam hoje de "limite"
Mas voltei, voltei, aqui estou

mas o limite é uma coisa variável, subjetiva
depende
oscilante
varia

O ônibus chega ao local do desembarque
Todos entram
Todos saem
Detalhes, podem quebrar o limite frágil,
Detalhes como, todos entram e todos saem,
No mesmo tempo
Mas alguém disse, 2 corpos não ocupam o mesmo espaço, mas e aí? quem se importa?
Tudo isso, na cidade sorriso, sim

a cidade Colgate
a capital Cidadã
a capital ecológica onde os ratos sujos, jogam seus defectos imundos pela janela do ônibus

Fim do caos, ando 3 quadras até o trabalho
no caminho, encontro pombos
comem migalhas e espalham doença,
pior que os ratos apertados em seu ninho
são os ratos de asas,
odeio rato, odeio pombos, mas odeio mais ainda os ratos do sorriso Colgate.

Chego no trabalho
O relógio agora marca 08:20, atrasado mais uma vez
Passo pela porta giratória
Bom dia, a primeira palavra a ser pronunciada por lá
o "miliquinha rosado" (polícia/guarda) as vezes retruca
as vezes não
as vezes responde de forma crua,
seca,
fria.
Deve pensar, bom dia?
só se for pra você, estagiário filho da puta!

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